Cadaval de lés a lés

Este Blog pretende ser um espaço de intervenção cívica especialmente vocacionado para as questões relacionadas com o concelho do Cadaval. Não haverá limites em relação aos temas a discutir, apenas se recomenda a urbanidade dos mesmos.

sábado, setembro 08, 2007

Até amanhã Camarada

Lento e cadenciado lá ia o cortejo fúnebre qual manifestação de luta encabeçada por um antifascista que na frente, com o grito do seu silêncio eterno, liderando aquela manifestação, a todos convidava a entoarem no mais puro dos seus sentimentos, palavras de ordem, reivindicando um último reconhecimento de toda aquela massa humana, que com os punhos serrados de consternação, era por ironia composta por gente de todos os quadrantes sociais da vida privada, pública e até partidária.

Ao chegar ao cemitério, a pequena urna daquele grande homem, coberta pela vermelha bandeira do seu PCP, foi colocada na fria base de pedra, última paragem dos que partem para a eterna viagem.

Em seu redor todos os que participaram naquela laica jornada de luta, escutaram pela voz de um jovem camarada, que apesar de ser ainda muito pequeno, em bicos de pés tentava em jeito de comício, realçar as grandes virtudes do verdadeiro líder que ali jazia, tarefa fácil por certo, ante alguém com tamanhas qualidades humanas, como foi BERNARDINO OLIVEIRA RALHA.

Entre os participantes lá estavam os pobrezinhos os remediados e até os ricos cá da terra, sem esquecer os que não o sendo fazem um esforço grande para o parecerem, mas todos não quiseram faltar àquela ultima “ligação” do velhinho Ralha que num “shunt” de resistência às injustiças, ali reuniu à sua volta para uma jornada, que é importante na vida de um ser humano, o reconhecimento e a amizade de toda uma comunidade.

Os Bombeiros Voluntários do Cadaval honraram com a sua presença aquele que sempre foi um seu tenaz defensor e até o Presidente da Câmara, como de resto era o seu dever, não faltou àquela singular manifestação de despedida a alguém que segundo consta, muito admirava e respeitava.

Ficou assim o Cadaval mais pobre, deixa de contar no “Centro de Trabalho” da sua economia com alguém que na sua vida, foi um operário constante, nunca tendo beneficiado das regalias do povo trabalhador que defendeu, lutando sempre até que a luz que a tantos levou, faltasse a si próprio.

Fica contudo o exemplo de alguém que não sendo Cadavalense de nascimento, o foi na verdadeira acepção da palavra e de quem todas e todos nós, os que cá nascemos e moramos, nos devemos orgulhar.

Apesar do laicismo da cerimónia fúnebre, PAZ À SUA ALMA.

segunda-feira, fevereiro 05, 2007

QUANTOS SÃO E ONDE ESTÃO

Cumprindo o dever profissional, o mesmo impôs-nos uma ausência por um largo período de tempo, só agora nos é possível voltar ao contacto, apesar de no decorrer deste período, termos verificado que o repto lançado não obteve a adesão espectável por parte de quem, aprecie abordar questões realmente importantes para o concelho do Cadaval.

No entanto cabe aqui uma palavra de apreço a quem tentou abraçar o desafio proposto. Quem sabe se num futuro próximo, não voltaremos a lançar o repto “Descobrir o Cadaval”!

A todos quantos nos lêem, o Cadaval de Lés a Lés lança um outro desafio intitulado “QUANTOS SÃO E ONDE ESTÃO”.

Uma das muitas riquezas endógenas do Cadaval, é por certo o valor humano dos seus habitantes, onde quer que se encontrem, nas múltiplas áreas de actividade estão jovens licenciados, muitos, na busca do primeiro emprego.

Seria interessante apurar quantos são, onde estão, que cursos obtiveram ou que estão na iminência de obter, quais as suas expectativas em relação ao futuro e se o mesmo é espectável que passe pelo Cadaval.

Talvez este desafio constitua uma oportunidade para muitos, que assim poderão dar a saber que existem, a outros que eventualmente estejam interessados em ter a trabalhar consigo, a nata da nossa população.

Se quem nos ler, tiver interesse em participar neste desafio, basta nos comentários referir os seguintes dados:

Idade.
Sexo.
Formação académica.
Estabelecimento de ensino onde obteve a formação.
Classificação média do curso.
Experiência profissional (sim ou não)
Freguesia de residência.
Nome (facultativo)
Morada (facultativo)
Referência do comentário (composto por palavras, nºs ou letras para um eventual contacto posterior)

Cadaval de Lés a Lés fica a aguardar os comentários, esperando que este desafio possa estabelecer pontes e oportunidades para quem, durante muito tempo, queimou as pestanas e quer ver a tal luzinha ao fundo do túnel.

Ficamos a aguardar, participa!

domingo, julho 09, 2006

DESCOBRIR O CADAVAL

São muitas as pessoas do concelho do Cadaval que conhecem a Torre Eiffel, Notre-Dame de Paris, a Gran Via de Madrid ou mesmo o templo da Sagrada Família de Barcelona.
Quantas já estiveram às portas de Buckingam Palace ou mesmo passaram sobre o River Thames na Bridge em direcção à Tower of London e ao Madame Tussaud’s Museum, parando em Picadilly Circus?
A Torre de Piza, Veneza, Brusselles, Amsterdam passando por Brugge e Namur ou mesmo Munich ou Berlim é fácil serem locais já visitados por naturais do concelho, para não falar na América do sul, mais concretamente no Brasil desde de S. Paulo percorrendo toda a costa, até Belém do Pará.
São locais conhecidos por muitas pessoas oriundas do nosso Cadaval a que não é alheia a diáspora dos portugueses pelo mundo.
Contudo e o concelho, quem é que o conhece?
Todos, diria a população em coro!
Será que todos conhecemos bem o nosso concelho e a sua história?
Qual a origem do nome Cadaval? Quantas freguesias compõem o concelho? Qual a sua área territorial? Quantas localidades existem? Quem saberá o número de habitantes registados nos últimos censos de 2001? Quantos de nós conhecem a história deste velho concelho que foi restaurado em 1898?
Quem é que já visitou a Real Fábrica do Gelo do Montejunto? Quem já viu a azulejaria da igreja do Cercal ou orou na capela do Espírito Santo da Vermelha? Quantas pessoas conhecerão o Castro de Pragança, agora visitável ou a ponte romana de Alguber?
E o museu de arqueologia municipal, quantas pessoas sabe onde é que ele se situa? Haverá muitas pessoas que já visitaram a igreja matriz do Cadaval depois de restaurada? Quantas desfrutaram da magnífica paisagem do Vale da Pêra Rocha?
Com certeza muita gente conhece estas e outras realidades da nossa terra, mas muitas outras há que nunca foram se quer, a todas as localidades sedes de freguesia.
Claro que podemos individualmente conhecer várias realidades mais perto ou mais longe, no concelho, no país ou no mundo, mas só todos podemos conhecer tudo.
Por isso e para proveito do conjunto, Cadaval de lés-a-lés deixa aqui um desafio a todos os blogger’s, “VAMOS DESCOBRIR O CADAVAL”.
O desafio consiste em cada um escrever algo sobre o que melhor conhece no concelho, quer pela experiência pessoal, quer pela pesquisa que possa fazer sobre aspectos interessantes a diversos níveis, da antropologia ao património arquitectónico, passando pelo património natural, religioso, entre muitos outros aspectos culturais que marcam o concelho do Cadaval.
Assim se os blogger’s corresponderem ao desafio, publicar-se-ão todos os contributos naturalmente, culminando o evento com um lanche oferecido a todos os leitores do blogg, num dos bares públicos do concelho, a convite de Cadaval de lés-a-lés ficando a garantia da manutenção total dos anonimatos, juntando-nos assim apenas na qualidade de leitores. Vai ser do baril
Vá lá! Pela sua “cultura”, participe.

terça-feira, abril 25, 2006

OS LEGADOS VIVOS

Uma boa herança habita no imaginário de todos como algo que pode ou poderia ser sinónimo de bem-estar, riqueza, felicidade, viagens, etc., tudo isto acompanhado de um grande amor, para sempre e tudo mais que uma fértil imaginação poderá trazer a quem normalmente não possui tais valias.
É evidente que quando se sonha na vantagem de receber de alguém, bens materiais de valor, sim porque toda a gente sonha com uma boa conta bancária; imóveis, rústicos ou urbanos; carros; acções de grandes empresas e até um pequeno iate, normalmente não vem à mente aquele ou aqueles que lá no passado angariaram tais patrimónios e que, multiplicando-os, os preservaram para que alguém no presente ou no futuro, deles possa beneficiar sem os sacrifícios e as agruras que envolveram quem os amealhou e legou.
Analisando um pouco melhor, depressa se conclui que atrás de uma herança há forçosamente um familiar, cujo grau de parentesco, mais ou menos distante através de uma ou várias gerações, trouxe até ao presente a tal herança sempre tão desejada.
E quem foram esses familiares que amealharam a herança a receber? Haverá alguém que por qualquer razão deixa os seus bens a não familiares, amigos, alguém a quem foram prestados serviços ou atenções importantes e eventualmente outras razões ponderosas na escolha de um herdeiro.
Haverá ainda padrinhos, tios ou outros parentes mais afastados que, por não terem herdeiros directos, dirigem para uma determinada pessoa o resultado material de uma vida de trabalho.
Mas o mais provável é que a herança desejada seja proveniente de familiares mais directos, pais ou avós e que pela tradição e lei, guardaram para filhos e netos, muitas vezes independentemente das relações de amor ou amizade que nutrem uns pelos outros.
Na verdade, no imaginário da maior parte das pessoas, ao receber uma herança, não constam do rol dos bens, aqueles que foram criadores da desejada fortuna, por maior ou menor que seja, talvez porque no passado a vida dos avós e pais era normalmente curta, em parte devido às dificuldades vividas e aos trabalhos árduos e por isso os herdeiros normalmente recebiam os bens líquidos de velhos, a quem agora se chamam pomposamente de idosos ou de terceira idade, os quais normalmente não cabem numa vida de rico herdeiro...
Há, no entanto, quem idealize uma herança que envolva uma família tão completa quanto possível, onde os avós, pais, filhos, netos e até mesmo bisnetos, fazem parte de um todo, que aliados aos tais bens materiais, fazem a felicidade e estabilidade dos membros de uma verdadeira família.
Hoje em dia é muito vulgar ouvir falar da importância e do carinho que os velhos têm para todos e as entidades públicas desfazem-se em actividades para que tão importantes elementos da sociedade se sintam felizes, longe da solidão enquanto viverem. Contudo, apesar desse sentimento de carinho expresso pela maioria da população, a verdade é que os lares de idosos, clínicas e hospitais bem como outras instituições, cujo trabalho é muito louvável, estão cada vez mais cheios de velhos e a visita dos familiares mais próximos, muitas vezes é a propósito de porem em dia as contas com a instituição e mesmo assim não são raras as vezes que nem sequer nesses dias dão essa alegria aos seus progenitores.
Felizmente, o concelho do Cadaval está servido com excelentes instituições de apoio aos mais velhos, quer públicas quer privadas, apesar de muitas vezes, por detrás de um novo acolhimento, estar patente um negócio que leva a que se releguem para segundo lugar os que, oriundos do concelho, não têm bens ou boas reformas para entregar à instituição que os recebe, assistindo-se à admissão de pessoas de outras regiões cujos os familiares aqui vêm depositar as suas heranças vivas.
É verdade que a vida moderna deixou às pessoas pouco tempo para dedicar aos que por elas deram uma vida de trabalho e de amor, mas também não é menos verdade que tal realidade é uma boa desculpa para não abdicarem da comodidade e da fruição dos prazeres dos novos tempos, os quais não se compadecem com a participação de velhos nas viagens, nas festas, na recepção de visitas ou simplesmente no ter que ficar em casa para cuidar dos que, não sendo auto-suficientes, mais do que dos cuidados físicos necessitam da presença, de carinho e amor, não de dedicados funcionários, mas daqueles que transportam nas suas veias o seu próprio sangue.
E tu leitor que pensas desta temática, como vês a família sem os velhotes que p’los seus tudo fizeram? Que achas do valor dessas heranças vivas?
Quanto conhecimento detêm e o quanto poderia ser benéfico para quem o souber aproveitar, que riqueza de valores poderiam transmitir a uma criança que com os avós mais gostariam de estar, em vez de serem largados em jardins de infância, sujeitos a alergias e outras doenças próprias da concentração excessiva de crianças, que por muito bem que sejam cuidados, são-no sempre por estranhos.
Que riqueza de ensinamento será para uma família, aprender a envelhecer de forma “saudável”, com a presença dos familiares mais velhos?
Todos dizem querer preservar a tradição, o antigo, dizem até que é necessário conhecer muito bem o passado para se descobrir melhor o futuro. Então porquê não preservar os idosos junto da família quando se procura preservar ou usar para gozo pessoal, os bens que eventualmente tenham amealhado?
Será que se pode analisar a pessoa pela atenção que dedica aos seus velhos? Será que se pode dizer “Diz-me se tens os teus velhos em casa e eu dir-te-ei quem és!”?
Será que a actual sociedade é incapaz de perceber e valorizar a herança valiosíssima que há em cada velho?
Será que tens autoridade para falar em solidariedade quando despejas os teus velhos num lar?
Sabe-se que abordar esta temática pode até ser uma chatice, mas a verdade é que define bem o carácter de quem a enfrenta.Caro Blogger deixe aqui o seu pensamento sobre a matéria e contribua para a discussão da mesma, neste fórum que pode contribuir para uma sociedade melhor no nosso concelho.

domingo, março 12, 2006

Gripe Aviária; Uma ameaça global, Um negócio chorudo ou Um pânico colectivo?

A gripe aviária e mais concretamente o vírus H5N1 é de certeza o que mais preocupa a comunidade mundial ao nível das autoridades de saúde pública e veterinária, tendo em conta o risco para os humanos que tal situação já está ou pode vir a criar, assistindo-se já ao início da propagação da doença a várias regiões resultando numa panzootia (animais) e podendo vir a assumir carácter ainda mais grave com uma pandemia (Homem).
Atente-se ao quadro seguinte, publicado pelo CENEGA (Centro Nacional de Emergência da Gripe Aviaria) e observem-se alguns registos sobre a matéria.

Quadro 1. Principais surtos de gripe aviaria dos últimos 20 anos

Zona Geográfica - Anos - Subtipo de vírus

EUA - 1983-1985 - H7N2

PAQUISTÃO - 1994-1995 - H7 H9N2

MÉXICO - 1994-1995 - H5N2

HONG-KONG - 1997 - H5N1

SUL DA CHINA - 1997 - H5N1

AUSTRÁLIA - 1992-1995-1997 - H7

ITÁLIA - 1997 e 2005 - H7N2 H5N2

HOLANDA - 2003 - H7N7

SE ASIÁTICO - 2003-2005 - H5N1

EUA (DAKOTA) - 2004 - H7N2

CANADA - 2004 - H7N3

CAZAQUISTÃO - 2005 - H5N1

RÚSSIA - 2005 - H5N1

TURQUIA - 2005 - H5N1

ROMÉNIA - 2005 - H5N1

É de facto uma situação preocupante para a saúde pública mundial, porquanto se não forem tomadas as devidas precauções higiénico - sanitárias, a mesma poderá assumir contornos de catástrofe na humanidade, sendo por isso uma clara ameaça global.
Diz o ditado popular que “para grandes males, grandes remédios”. De facto, as acções para evitar o pior, têm que ser concretas e eficazes a todos os níveis: o levantamento das quantidades e localização de efectivos; as condições de higiene em que se encontram; o provável contacto com aves migratórias; o manuseamento humano dos animais etc, são situações que levam a uma necessária avaliação do risco para a tomada de medidas pelas autoridades responsáveis, bem como pela população em geral. Não deixa contudo de ser certo que para a preparação para enfrentar uma eventual pandemia são necessárias grandes quantidades de vacinas e que naturalmente tal situação corresponde a uma autêntica mina de ouro para a indústria farmacêutica, constituindo tal, para alguns, um negócio chorudo.
Por outro lado, os media, pese embora o importante papel na divulgação do problema e das necessárias medidas associadas, procuram também tirar partido da situação, divulgando quiçá com algum exagero, pequenos acontecimentos de morte de animais que sempre se registaram ao longa da vida, desde o pombo que aparece morto numa rua de Lisboa, porventura por morte natural ou atropelamento na via pública, até às televisões que se deslocam aos confins do país para transmitir em directo comentários acerca da morte de uma galinha, um pato, uma perdiz ou mesmo um coelho.
Tudo isto porque do ponto de vista jornalístico, as notícias da gripe das aves são alvo também de um certo empolamento, que leva a vender mais, contribuindo para um aumento excessivo do pânico nas pessoas.
Ainda assim mais vale exagero de informação ainda que tenha efeitos colaterais nocivos, do que a ignorância da população, que a confirmar-se a pandemia, em nada contribuiria para a profilaxia e minimização do problema.
De registar também, na sequência dos inúmeros comentários e notícias nem sempre muito esclarecedoras, que da própria população se assiste muitas vezes a denúncias de situações de morte de animais que são perfeitamente normais mas que ao denunciá-las ás autoridades fazem mobilizar um conjunto de meios públicos os quais são pagos por todos nós, começando por isso a haver um certo pânico colectivo, que cabe às entidades competentes controlar, sob pena de se entrar em exageros que são evitáveis.
Será importante também analisar em que condições são criadas e manuseadas as aves nas zonas onde tem tido origem este problema, nomeadamente na Ásia.
Quais são as condições de vida daquelas populações, quantas horas trabalham consecutivamente junto dos animais, que condições de assistência médica e social podem contar tais trabalhadores, que instalações e meios de transporte existem para garantia do bem estar animal, que controlo é feito aos produtos que incorporam as rações utilizadas?
E no Cadaval como é que vemos este problema, que opiniões temos acerca do mesmo? O que tem feito a Câmara Municipal ou as Juntas de Freguesia sobre o assunto, pouco ou nada parece-nos. Não sendo tarde, há medidas que concerteza se estão a preparar de acordo com o Plano de Contingência elaborado pelas autoridades competentes a que os responsáveis locais não podem ficar alheios, sendo por isso expectável que a autoridade veterinária municipal emita rapidamente orientações claras sobre a matéria.
O actual Presidente da Câmara deu a cara por ocasião de outra crise do sector avícola – a crise dos nitrofuranos – promovendo um mega churrasco. Será que também agora terá algum plano para ajudar o sector e sobretudo ajudar a desmistificar o falso perigo no consumo da carne de frango? É que a carne de frango é a alimentação mais acessível para os que têm menos possibilidades económicas e não faz sentido deixar de se consumir aves em Portugal, porque até agora não há qualquer motivo para abdicar de um saboroso frango assado no espeto.
A avicultura no concelho é responsável por centenas de postos de trabalho directos e indirectos, desde a produção, passando pelos matadouros até à transformação e comercialização.
Quantas pessoas trabalham nos matadouros Aviboiça e Aviário do Pinheiro ou nas pequenas unidades de transformação, que riqueza gera tal vertente do tecido económico do concelho? A nova associação de empresários do concelho o que está a fazer sobre esta matéria?
Caras e Caros Blogger’s, de acordo com os princípios e fins do Blog, aqui fica mais uma matéria de reflexão e naturalmente o espaço para quem quiser dissertar sobre esta importante problemática, independentemente de com maior ou menor rigor técnico o poder fazer, o importante é expressarmos a nossa opinião enquanto cidadãos.

sábado, março 04, 2006

Eventual encerramento do SAP 24horas do Centro de saúde do Cadaval

Consta que o Serviço de Atendimento Permanente do Centro de saúde do Cadaval (SAP) irá encerrar entre as 22 ou as 24 horas e as 8:00 da manhã.
Diz-se que o motivo tem a ver com a necessidade do Governo em reduzir despesas com os serviços públicos, face ao número médio de atendimentos, os quais não chegam a duas pessoas por noite, bem como aos custos envolvidos com aquele serviço.
Todos sabemos que o país atravessa uma grave crise económica e que a administração pública tem que optimizar serviços e meios que afinal são suportados por todos nós.
Sabemos igualmente que o direito aos serviços de saúde por parte dos cidadãos está constitucionalmente garantido e que quando se trata da saúde pública a rentabilidade dos meios utilizados passa pela qualidade e oportunidade dos serviços dispensados e que se for salva uma vida num mês, os gastos que devem ser equilibrados, ficam plenamente justificados.
Se tal serviço deixar de ser permanente, quais são as alternativas com que o cidadão poderá contar, não será por certo com o serviço de urgências do Hospital de Torres Vedras que está longe de responder às actuais solicitações.
Sabe-se que a construção do novo Centro de saúde do Cadaval está em marcha, entretanto o que está a fazer a nossa autarquia sobre este evental encerramento de serviços?
Que posições devem os cidadãos tomar face a esta cega decisão do Governo! A mesma terá o apoio da autarquia?
Deixe o seu comentário. Talvez seja uma forma de todos contribuirmos positivamente para uma decisão que salvaguarde o interesse dos Cadavalenses.